segunda-feira, 22 de junho de 2009

E agora? Enfio o meu diploma no cu?

Na tarde de 17 de junho de 2009, os estudantes de jornalismo (mais estes do que outros) tiveram uma triste notícia: com 6 votos a 1, a exigência de diploma para exercer a função de jornalismo não é mais obrigatória. Os argumentos da advogada Taís Gasparian eram de que a exigência de diploma era incompatível com a constituição de 88, previa liberdade de expressão, e de que não era necessária técnicas em jornalismo.
Antes de falar sobre o futuro de minha querida profissão, quero levantar uma questão. A exigência de diploma não impedia a liberdade de expressão. Há algo mais democrático que a internet, onde você pode publicar matérias, inclusive tendenciosas, quase anúncios publicitários? Tem-se Blogs, Orkut, MySpace, Twitter, MSN... É possível dizer que não havia liberdade de expressão?
Voltando a questão-tema, o futuro do jornalismo é uma incógnita. Por um lado, não acredito que grandes empresas de comunicação e redação irão entregar uma pauta a uma pessoa não formada. No mínimo exige-se experiência e/ou ciência da teoria da técnica de produção, apuração e redação. Ok, muita gente se diz “bom de escrever”, mas não se escreve um texto jornalístico de qualquer jeito. Saber escrever um idéia, é uma coisa, matérias são outros 500. Por mais que o repórter não-formado saiba escrever, quem nos garante que ele sabe produzir e apurar, uma vez que ele não aprendeu na faculdade que uma matéria deve ser investigada muitas vezes? Uma pessoa assim não terá esta preocupação de rever a informação, acreditará que a primeira fonte que conseguir será a ideal. Se, já na faculdade, muita gente prefere não apurar a informação a ter que assumir que não possui um furo, imagine agora que qualquer um poderá ser jornalista?
Ainda assim, nós estudantes de jornalismo, e jornalistas formados, sabemos o quanto é difícil conseguir um estágio nesta área. Na área de comunicação, é claro, porque há 500 vagas de estágio para alunos desta área, entretanto as funções resumem-se a recepcionista, secretários e telemarketing. Infelizmente, não sabemos quais empresas são sérias ou não. Com certeza haverá alguma, não sei ao certo qual, que serão adeptas ao nepotismo. Sabemos muito bem que há a predominância do famoso Q.I. (“quem indique”) nas grandes redações e empresas de comunicação. Assim sendo, agora não haverá nem mais o empecilho do diploma, o “filho-do-amigo-que-deve-favores-a-mulher-do-editor-chefe” terá uma vaga garantida nas redações, tomando a vaga de quem se deu ao trabalho de estudar e passar para uma faculdade para realizar seu sonho de ser jornalista.
Mas sejamos francos: poucas são as faculdades de jornalismo de qualidade. No Brasil, são 450 faculdades de comunicação, com habilitação na área. É a mais pura realidade que nem todos os jornalistas que se formam são realmente aptos a entrar em campo.
E agora? E os alunos das universidades privadas que pagam quase R$ 2000 na mensalidade, pensando na qualidade necessária do curso de jornalismo? Já ouvi dizer que muitos pediram indenização ao STF, para ressarcir o prejuízo.
Por outro lado, acho que isto será o suficiente para os estudantes de jornalismo se dedicarem a profissão. São poucos os alunos das faculdades de comunicação, com habilitação na área, que não se dedicam. Por maior que seja o preço que os pais paguem na formação, o jovem pouco se interessa pela profissão: não leem jornais, não procuram se informar e adquirir cultural geral. O fim da exigência do diploma fará este estudante acordar para a realidade: irá se qualificar culturalmente ou vai mudar de curso. Assim, o fim do diploma será uma espécie de “seleção natural”, onde só os melhores entre os formados (lê-se aquele com maior bagagem cultural aliada ao gosto pela profissão) conseguirão um bom emprego em uma empresa séria.
Afinal, e o futuro do jornalismo? Ora, este continuará seguindo adiante como antes. A exigência de diploma não impedia que economistas escrevessem em cadernos desta editoria, que atores e ex-big brothers fizerem reportagens para TV, e que jogadores de futebol (semi-analfabetos) escrevessem artigos. Antão, acho que apenas irá se oficializar, facilitando os trâmites. O jornalismo está nas mãos daqueles que realmente amam a profissão, que lutam por ela ( o que não é, necessariamente, sinônimo de diplomado), comprometendo-se com seus leitores, cidadãos e com a verdade.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

NOOOOOOOOOOOT!!!

sábado, 6 de junho de 2009

O Misterioso Sumisso do AF 330

Ninguém descobriu, afinal, o que aconteceu com o airbus AF 330 que desapareceu na última segunda feira (1/6). Muitas hipóteses foram levantadas, mas não se chega a um consenso. Encontraram destroços em auto mar perto de Fernando de Noronha, mas depois concluíram que não são do tal avião (de quem é então?).
Enfim, agora, acabei de ler que acharam um corpo, um bilhete da Air France e uma mala de couro com um notebook em alto mar. Isso elimina algumas das hipóteses que eu e alguns conhecidos levantamos sobre o ocorrido. Pode parecer humor negro, mas não é.
A primeira que escutei é que o acidente não passa de um viral do Lost. Tipo, uma informação implantada para divulgar o final da série. Ou seja, não houve acidente realmente, apenas uma simulação para atrair telespectadores.
A outra é de que o avião cruzou uma barreira para outra dimensão. Tipo um triângulo das bermudas. O air bus, sobrevoando o Atlântico, atravessou um portal que o levaria a outra dimensão. É viagem de mais, mas não é uma hipótese a ser descartada.
Já escutei também que o veículo teria sido abduzido por uma nave extra-terrestre (isso ainda tem hífen?). Bem, não acho que, de tantos aviões, os ETs levariam justamente um saindo do Brasil.
Ontem, no Shopping Tijuca, conheci um cara que trabalhou com aviões. Ele acha que pode ter sido atentado terrorista. O avião teria sido seqüestrado por homens bombas. Particularmente não acho que teria algum sentido eles explodirem um avião com um monte de brasileiro. Mas ele ainda levantou que a Air France não está divulgando a lista completa de passageiros, uma vez que tal informação é de interesse público.
Enfim, acho que é fato que havia alguém com um passado (ou presente) suspeito naquele avião.